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Fevereiro/2012


Filosofia cotidiana

Quando a língua comemora

Formas cotidianas de felicitação expressam antigas reflexões sobre o modo de encarar a vida

Luiz Jean Lauand

Uma das metáforas mais freqüentes nos meios culturais é "resgatar". Fala-se em resgatar não só reféns ou vítimas de enchentes, mas também as raízes culturais, a auto-estima etc. Modismos à parte, parece-nos oportuno esse uso do "resgatar" quando se descreve algo que ocorre no filosofar. Pois a tarefa de filosofar é, em boa medida, um resgatar.

Pelo menos essa é a posição de tantos filósofos que, de Platão a Heidegger, voltam-se para a linguagem comum, procurando recuperar as grandes experiências humanas que acabaram por nela desembocar.

Pois essas experiências, vívidas intuições que o homem tem sobre si mesmo e o mundo, brilham por um momento na consciência e depois vão se desvanecendo, desaparecem. Ficam invisíveis, como que escondidas num depósito: são "raptadas" pela linguagem (e não só por ela), a linguagem comum: essa que falamos e ouvimos todos os dias.

As reflexões sobre a vida nas diversas formas de "parabéns" e "pêsames", nas bancas



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